quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Woman in Chains - Tears For Fears


Tradução da música maravilhosa do Tears for Fears, anos 80, Woman in Chains:



"Você ama amando, você age melhor Você ama amando, você age melhor
Mulher acorrentada

Chame seu homem
A grande esperança branca
Ela é boa, ela sempre lutará

Este mundo é louco,
Mantém a mulher acorrentada
Comercializa sua alma como pele e osso
Vende a única coisa que ela tem
Mulher acorrentada

Homens de pedra

Bem, eu sinto o vazio em seu coração
Há coisas que o tempo não pode curar
E eu sinto que alguém em algum lugar
Está tentando respirar

Você sabe o que isto significa
Esse mundo é louco
Mantém a mulher acorrentada

Está sob minha pele
Mas fora das minhas mãos
Vou me destruir
Mas não quero compreender
Eu não aceitarei a grandeza do homem

Este mundo é louco
Mantém a mulher acorrentada

Então liberte-a
Liberte-a"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Reine Sobre Mim, REIGN OVER ME


Fui felizarda nessas últimas férias ao comprar, acidentalmente, um dvd de filme que trata de uma estória de psicopatologia: Reine Sobre Mim, "Reign on Me", que conta a estória de Charlie (Adam Sandler \o/), que perdeu a esposa e as três filhas num dos aviões do 11/09. O filme todo gira em torno do sofrimento de Charlie, que isola-se do mundo, ficando catatônico, beirando uma psicose, com direito a delírios e tudo o mais. Sua única esperança é o ex-colega de apartamento, que o encontra e identifica a necessidade de ajuda psiquiátrica do amigo. Entretanto, Charlie se recusa a tratar-se, pois não quer falar sobre sua perda. No desenrolar do filme, os sogros de Charlie (ele não possui nenhum outro parente) recorrem à justiça para interná-lo em hospital psiquiátrico, porém a psiquiatra de Charlie (Liv Tyler) acha que ele não deve ser internado, pois é possível que ele possa retomar sua vida. O bom do filme, é de que se pode ver claramente a relação entre sofrimento, isolamento social e psicotização. Além de que Adam Sandler está muito cativante no papel de Charlie, é um filme que nos desperta a compaixão pelo sofrimento e desestruturação pessoal que dolorosas perdas são capazes de causar a qualquer um de nós, humanos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Filme“MATRIX” E A ALEGORIA DA CAVERNA


Trabalho de Filosofia : ) Gostei de fazer, e resolvi postar ...

No livro “A República”, Platão conta a Glauco o famoso mito ou alegoria da caverna, para ilustrar a ignorância humana. Neste mito, alguns homens encontram-se com braços e pernas acorrentados, incapazes de se mover ou sair dali. Este “estar acorrentado” é uma metáfora utilizada por Platão para falar do homem que se encontra preso à ignorância, vendo apenas uma parte do mundo, como se esta parte fosse o todo. Esses homens acorrentados vivem numa verdade ilusória, quer dizer, acreditam que as sombras das coisas que vêem são as pessoas e os objetos do mundo real.

Num determinado momento do mito, um destes homens acorrentados sai da caverna, então, quando vê o mundo, tudo para ele é novo, desconhecido, afinal, este homem vivia na escuridão, ou na ignorância das coisas e pessoas, conhecia apenas as sombras destas. A luz do sol atrapalha a visão destas coisas novas; seus olhos doem, pois ele nunca tinha estado em contato com a luz solar. No mito da caverna, o sol vem a ser uma metáfora para o saber, o conhecimento. No momento em que o homem consegue ver o sol, ele é capaz de pensar, refletir sobre as coisas que o cercam, torna-se um filósofo. Ao mesmo tempo em que o sol clareia, ilumina, este homem está acostumado à escuridão da caverna. É mais cômodo voltar para a escuridão, do que adaptar-se ao “novo mundo”.

Este homem, ao descobrir tantas coisas novas, certamente fica tentado à mostrar suas descobertas aos antigos companheiros. Entretanto, é muito provável que estes homens não acreditassem, pois teriam dificuldades em aceitar uma nova realidade, que não esta a qual estão habituados.

Platão faz ainda uma importante observação, de que, possivelmente surgisse a intenção por parte dos antigos companheiros, de matar este homem que vem trazer a eles uma nova forma de ver as coisas, uma nova realidade, tal qual foi com Platão, ao ser condenado a morte por “incomodar” os cidadãos gregos com suas perguntas filosóficas.

O filme “Matrix”, de 1999 foi baseado no mito da caverna de Platão. O filme conta a estória de um futuro em que máquinas e homens disputam o domínio do planeta. As máquinas “cultivam” seres humanos, pois eles são fonte de energia. A mente desses humanos fica aprisionada num programa virtual chamado “Matrix”, que simula a realidade. Entretanto, há alguns humanos ainda livres, como os personagens Morpheus e Trinity. Estes escolhem Neo (um pirata eletrônico, capaz de invadir e criar programas, e capaz de competir com a Matrix) para tirá-lo da Matrix e inseri-lo no “mundo real”.

Tal como na alegoria da caverna, no início é difícil para Neo aceitar esta “nova realidade”. Fica tentado a retornar para a escuridão, para a ignorância, ou seja, para a Matrix. Os olhos do homem que sai da caverna doem com a luz do sol, pois ele nunca havia tido contato com a luz solar. No filme, os olhos de Neo doem, porque segundo Morpheus, ele nunca os havia realmente usado.

Fazendo uma comparação do filme “Matrix” com a alegoria da caverna, chegamos a conclusão de que a matrix seria o mesmo que a caverna no mito de Platão, que é nada mais que uma metáfora para a ignorância do homem.

Antes de tirar Neo da matrix, Morpheus acredita que ele seja uma espécie de escolhido, pela capacidade que Neo demonstrava de questionar, mesmo quando estava “dentro” da matrix. De certa forma, Neo é como os filósofos, que procuram saber, buscam o conhecimento. Isso fica explícito em certos diálogos do filme:

- “Eu sei porque você está aqui, Neo. Eu sei o que você tem feito...Porque você mal dorme, porque você vive sozinho, e porque noite após noite, você se senta no computador. Você está procurando por ele. Eu sei, porque uma vez já procurei pela mesma coisa. E quando ele me encontrou, ele me disse que eu não estava realmente procurando por ele. Eu estava procurando por uma resposta. É a pergunta que nos guia, Neo. É a pergunta que trouxe você aqui.Você sabe a pergunta, assim como eu. (Trinity)

- O que é a Matrix? (Neo)

- A resposta está lá fora, Neo, e está procurando por você, e irá encontrá-lo quando você quiser”. (Trinity)

Com a ajuda de Morpheus, Neo descobre novas idéias, conhece matrix e todo o seu nível de conhecimento se eleva e segue desenvolvendo-se. Na alegoria, o homem ao sair da caverna também adquire novas idéias, descobre o que é a verdade, sai do mundo puramente sensível, onde apenas utiliza-se a capacidade de sentir as coisas, e entra para o mundo das idéias, racional, adquire a capacidade de pensar sobre as coisas.

O filósofo é alguém que se propõe a “sair da caverna”, alcançar a verdade e o conhecimento. Ele entende o quão difícil para a massa é sair da caverna, aceitar o novo, sair do comodismo do mundo puramente sensível, para entrar para o mundo das idéias. Entretanto, ele tenta mobilizar as outras pessoas a questionarem-se, a buscar a verdade e o conhecimento, tenta despertar nos outros o desejo de saber mais. Tanto Neo quanto o homem que sai da caverna tornam-se filósofos, pois são capazes de pensar sobre as coisas, passam a compreender e buscar a verdade.

Se pensarmos na atualidade, poderíamos dizer que a massa em geral, não se questiona, simplesmente limita-se a aprender, aceitando o que tem sido ensinado como verdade absoluta. Aceita o que o estado, a igreja, a moral, os “bons costumes” e a tradição nos indicam, convertendo-nos assim em homens “acorrentados” dentro da escuridão de uma caverna.

Portanto, o filme matrix e a alegoria da caverna de Platão nos mostram que a ignorância é algo que nos escraviza, nos aprisiona, limita nossos horizontes e não nos permite alcançar a verdade. E que também uma das maiores ignorâncias é a de não sabermos quem somos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Música: Titãs

Outra relíquia que encontrei esse dias, por acaso estava tocando na rua, nem me lembro .. mas prestando atenção a letra, achei ótima, tudo a ver ...

Titãs - "Go Back" faz parte do primeiro Lp dos Titãs, de 1988, cujo nome é também Go Back.
Eis a letra da Go Back:



"Você me chama
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente a madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
E se passou Passou daqui pra melhor, foi!
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Você me chama
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente a madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
E se passou Passou daqui pra melhor, foi!
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Não é o meu país
É uma sombra que pende concreta
Do meu nariz em linha reta
Não é minha cidade
É um sistema que invento
Me transforma
E que acrescento
À minha idade
Nem é o nosso amor
É a memória que suja
A história
Que enferruja o que passou.
Não é você
Nem sou mais eu
Adeus meu bem
(adeus adeus)
você mudou
mudei também
adeus amor
adeus e vem
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder."


lá lá lá ; )

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Because I Said So!


Hey!
Mais um filmezinho legau bem sessão da tarde, pra ver debaixo das cobertas,com uma xícara de café do lado, e umas bolachinhas.. O único defeitinho é a mamãe chata que Diane Keaton teve que interpretar.

Título em port: Minha Mãe Quer Que Eu Case (Because I Said So) Comédia, 2007.
A personagem principal é Milly (Mandy Moore), filha caçula de Daphne (Diane Keaton), que além dela, tem 3 outras filhas (todas atrizes lindas e talentosas). Daphne é uma mãe extremamente superprotetora, mas o problema começa mesmo quando ela coloca um anúncio na internet para procurar parceiros para a filha. A moça, Milly acaba conhecendo 2 caras aparentemente maravilhosos, e fica assim totalmente em dúvida ... O primeiro – e preferido da mamãe – é Jason (Tom Everett Scott), um arquiteto rico, bem-sucedido e cult. O segundo é Johnny (Gabriel Macht), um músico e professor nas horas vagas, que divide uma casa confortável – mas não luxuosa – com o pai Joe e o filho Lionel.
"Estes dois personagens masculinos encarnam muito bem os arquétipos: genro que toda mãe sonhou X bad boy que vai machucar o coração da pobre filhinha." (Fonte: cinefilapornatureza.blogspot). É claro que a mamãe Keaton não ia deixar por menos e faz de tudo pra que a filha não escolha o músico, com quem não simpatizou desde o primeiro dia, e que achou extremamente "inadequado" para sua filhinha. Não afirmo ser um óótimo filme, mas quebra o galho quando você não tiver mais o que fazer nessas frias noites de inverno (agora já não tão frias, ufa).

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Things I'll Never Say (lyrics by A.V.)

   "O que está errado com meu idioma
Estas palavras continuam deslizando
Eu gaguejo, eu falho
Como se eu não tivesse nada a dizer (...)
Sim, eu quero minha vida
Com estas coisas que nunca direi
Se eu pudesse dizer o que eu quero dizer
Eu diria que eu quero encher você (...)
Se eu pudesse dizer o que eu quero ver
Eu queria ver você caindo
Sobre um joelho (...)

Sim, eu queria por toda minha vida
Com estas coisas que eu nunca direi
Estas coisas que eu nunca direi (...)


Lyrics by Avril Lavigne - Things I'll never say

terça-feira, 31 de julho de 2007

"O Mundo de Sofia", Jostein Gaarder



Esse é um ótimo, excelente livro, do tipo que todo estudante de ensino fundamental (ou médio) devia ser obrigado a ler. Não sei se interessa a vocês, mas conheci o livro "O Mundo de Sofia" quando estava na sétima série, e alguém me disse que este livro era recomendado (ou obrigatório, não lembro) nas universidades. Bom, como era aquela aluna “caxias” que todo professor sonha em ter (hauhua), li o livro, e simplesmente, me apaixonei... Justamente a proposta do autor (professor de filosofia) foi na época, escrever algo que fizesse seus alunos e demais, aprenderem filosofia, e gostarem (coisa, como vocês sabem super difícil de fazer), de um modo simples, divertido ... O autor utiliza-se da personagem Sofia Amudsen, que recebe lições de filosofia através de cartas de um “amigo” misterioso. A personagem é uma jovem de 15 anos (que poderia ser eu, você ... : O ) e isso torna o livro mais interessante ainda. As lições de filosofia que Sofia recebe, iniciam-se com aquelas perguntinhas filosóficas básicas: “Quem sou eu?”, “De onde eu vim?”, mas os capítulos vão se elaborando e ao final você percebe que percorreu mais de mil anos do pensamento da história da humanidade, passando por pensadores interessantíssimos: de Sócrates a Kant, de Nietzche a Freud. E a estória de ficção continua interessante, até o “grand finale” (que eu lógico, não vou revelar, você vai ter que ler, lol). Concluindo, não podia deixar de mencionar que a escolha do nome da personagem não podia ter sido mais inspiradora, afinal, “Sofia” vem do grego “Sophia”, ou “sabedoria”.

Bjinhus

& ; )