terça-feira, 31 de julho de 2007

"O Mundo de Sofia", Jostein Gaarder



Esse é um ótimo, excelente livro, do tipo que todo estudante de ensino fundamental (ou médio) devia ser obrigado a ler. Não sei se interessa a vocês, mas conheci o livro "O Mundo de Sofia" quando estava na sétima série, e alguém me disse que este livro era recomendado (ou obrigatório, não lembro) nas universidades. Bom, como era aquela aluna “caxias” que todo professor sonha em ter (hauhua), li o livro, e simplesmente, me apaixonei... Justamente a proposta do autor (professor de filosofia) foi na época, escrever algo que fizesse seus alunos e demais, aprenderem filosofia, e gostarem (coisa, como vocês sabem super difícil de fazer), de um modo simples, divertido ... O autor utiliza-se da personagem Sofia Amudsen, que recebe lições de filosofia através de cartas de um “amigo” misterioso. A personagem é uma jovem de 15 anos (que poderia ser eu, você ... : O ) e isso torna o livro mais interessante ainda. As lições de filosofia que Sofia recebe, iniciam-se com aquelas perguntinhas filosóficas básicas: “Quem sou eu?”, “De onde eu vim?”, mas os capítulos vão se elaborando e ao final você percebe que percorreu mais de mil anos do pensamento da história da humanidade, passando por pensadores interessantíssimos: de Sócrates a Kant, de Nietzche a Freud. E a estória de ficção continua interessante, até o “grand finale” (que eu lógico, não vou revelar, você vai ter que ler, lol). Concluindo, não podia deixar de mencionar que a escolha do nome da personagem não podia ter sido mais inspiradora, afinal, “Sofia” vem do grego “Sophia”, ou “sabedoria”.

Bjinhus

& ; )

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sobrou Pra Você



Hoje, por acaso, estava passando um filme que há muito tempo me interessava ver, mas por motivos maiores, acabei não assistindo. O título é "Sobrou Pra você" (Título Original: The Next Best Thing, 2000), com Madonna (Abby) e Rupert Everett no elenco, e que me marcou (além de ter Madonna no elenco) por tratar de um tema tão delicado como o homossexualismo.

Em si o filme é muito interessante (se soubesse, teria visto antes!) pois trata também das mudanças do contexto familiar que se iniciaram na década de 90. No filme, o menino Sam é filho biológico de Abby (Madonna) e de seu amigo homessexual, Robert (Rupert Everett). Os dois tiveram um “encontro” planejado para que a personagem de Madonna pudesse realizar então seu desejo de ser mãe. Morando juntos, os dois tentam fazer com que Sam tenha uma família normal: pai e mãe juntos, mesmo sabendo que um dia a verdade terá que vir a tona. Justamente o inesperado acontece, e Abby arruma um novo namorado, que vem pra “bagunçar” a cabecinha de Sam. Assim, Abby e Robert, que descobre-se mais tarde, não ser o pai biológico de Sam, (sim, Madonna, enganou-o todo esse tempo!), iniciam uma briga judicial pela guarda do menino. Mas vocês já podem imaginar quais as chances que um cara homossexual, e que além de tudo não é o pai biológico do menino, tenha de conseguir a sua guarda!, mesmo tendo “bancado” o pai desde o seu nascimento (essa Madonna, tcs). Enfim, é um filme “belo”, pra fazer pensar mesmo, tanto sobre as mudanças nas relações familiares nas duas últimas décadas (e isso fica visível em filmes como esse, hehe), quanto pra medir nossa própria capacidade de lidar com mudanças do que já foi “tradicionalmente aceitável” (há muito muito tempo atrás...).